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Quem trabalha em pequena empresa é mais feliz

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Resultados preliminares de uma pesquisa realizada no âmbito do projeto “Felicidade no Trabalho”, liderado pelo empreendedor americano Tony Hsieh, CEO da Zappos, mostra dados interessantes e intrigantes ao se comparar funcionários de pequenas e grandes empresas.

A felicidade no trabalho naturalmente depende de muitos fatores, inclusive aqueles que não necessariamente estão presentes no dia a dia da empresa, como fatores externos e familiares que podem comprometer ou enfatizar a felicidade do trabalhador.

Mas a pesquisa procurou entender como aqueles que trabalham em organizações consideradas pequenas ou médias e também nas grandes se sentem quando o assunto é felicidade, mesmo sabendo destas ressalvas.

Alguns dos dados preliminares divulgados a partir da análise de repostas de mais de 11 mil pessoas mostram que aqueles que trabalham em empresas com menos de 100 empregados são 25% mais propensos a ser felizes no trabalho do que seus colegas que trabalham em empresas com 1000 funcionários, por exemplo.

Outro resultado interessante da pesquisa é que supervisar outros está associado com mais felicidade que ser supervisionado. Ou seja, ser chefe traz mais felicidade que ser subordinado.

Para aqueles que consideram esse resultado em particular algo óbvio, cabe lembrar que com a chefia ou o poder de decidir e “liderar” também vem mais responsabilidade. Isso, para muita gente, é motivo de preocupação, o que não necessariamente traz mais felicidade. Pelo jeito, não é o caso da maioria!

Esses resultados mostram que trabalhar em grupos menores e com mais liberdade ou autonomia deixa as pessoas mais felizes. Isso tem tudo a ver com empreendedorismo.

Um dos fatores que estimulam as pessoas a empreender é o senso de liberdade, de definir o próprio rumo, de se sentir pertencente a um grupo e que a sua contribuição é importante para o sucesso desse grupo.

Pequenas e médias empresas proporcionam ao empreendedor exercer o seu poder de influenciar os rumos de um projeto e de se realizar. E àqueles que são funcionários, existe a sensação clara de trabalhar conhecendo as pessoas que estão à sua volta e não se sentindo mais um número ou ocupante de um cargo padrão.

Há pesquisas que têm mostrado ainda uma tendência de as grandes empresas repensarem suas estruturas, incentivando a criação de unidades menores, aonde as pessoas possam interagir e conhecer umas às outras. Isso também leva a mais flexibilidade, menos burocracia e mais agilidade.

Cabe a discussão se o modelo de grande corporação está em cheque, já que se trabalhar em empresas menores deixa as pessoas mais felizes, qual a seria a escolha natural dos novos entrantes no mercado de trabalho?

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