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Desafios dos empreendedores de negócios de educação online

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Os negócios de educação online crescem e se multiplicam a cada dia. Há vários modelos de negócio, que vão da oferta de conteúdo totalmente gratuito aos que cobram por conteúdo premium. Mas será que essas iniciativas são efetivas? Os alunos conseguem aprender?

Essa discussão tem se tornado recorrente porque a massificação de cursos online no mundo, e também no Brasil, parece ser um caminho sem volta. Muitas empresas estão fazendo dinheiro e tendo sucesso com as ofertas e o mercado ainda está em expansão.

Os chamados MOOC (cursos online abertos e massivos) são um exemplo que se popularizaram. Há alguns que oferecem cursos de universidades que são referência internacional e, com isso, cresceram rapidamente em número de matrículas.

O lado positivo dessas iniciativas é a democratização do acesso à informação. Já o lado negativo é que ainda não conseguiram criar uma maneira efetiva que leve as pessoas, de fato, a aprenderem.

Estatísticas recentes mostram que muitos dos que se matriculam nesses cursos não os concluem e desistem rapidamente. Isso ocorre, muitas vezes, porque o conteúdo é mais difícil do que se imaginava, ou seja, não há caminho fácil quando o desafio é aprender algo.

Há que se estudar, ter uma bagagem prévia (pré-requisitos) dependendo do tema a ser estudado e, claro, demanda dedicação aprender novos conceitos. A tecnologia permite massificar o acesso ao conteúdo, mas ainda não há mágica quando o desafio é aprender.

Mesmo que o uso da tecnologia seja um caminho sem volta, algumas pesquisas mostram que o simples fato de tomar nota das aulas escrevendo a mão é mais efetivo que anotar em um computador, por exemplo.

De fato, os pesquisadores Pam A. Mueller, da Universidade de Princeton, e Daniel M. Oppenheimer, da Universidade da Califórnia (ambas nos Estados Unidos), constataram que estudantes que tomam notas à mão, apesar de anotarem menos conteúdo do que os que o fazem com computadores, conseguem absorver e reter mais conhecimento.

Segundo os pesquisadores, os que tomam notas à mão criam mecanismos para lembrar das aulas usando as próprias ideias, diferentemente dos que anotam mecanicamente via computadores, tablets e afins.

O desafio dos empreendedores de negócios de educação online está em envolver pedagogos e descobrir o que funciona e o que ainda precisa ser desenvolvido de maneira que os cursos online sejam mais efetivos em termos de aprendizagem.

Muitas vezes inovar não significa apenas substituir o antigo pelo novo. Pelo contrário, se o antigo funciona, só deveria ser substituído quando houver algo novo melhor.

Por isso que os modelos mais bem sucedidos de educação online ainda são os que envolvem o mundo virtual e o real, ou seja, os modelos que não tentam se desfazer da experiência vivencial. Pode ser que isso mude um dia, mas ainda não parece ser o caso.

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