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Comunicação das empresas em mídias sociais precisa ter conteúdo relevante

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As empresas têm destinado cada vez mais recursos para o marketing nas mídias sociais, já que não são mais uma tendência e sim uma realidade. Mas uma pesquisa divulgada pela Gallup coloca em dúvida a eficácia desse esforço.

Isso é o que argumenta Ed O’Boyle, colunista da Harvard Business Review, ao analisar em detalhes o resultado do estudo. Muitos líderes acreditam que quanto mais posts forem produzidos sobre seus produtos/serviços maiores serão os resultados para a empresa.

Contrariando essa lógica, os resultados da pesquisa mostram que 62% dos adultos americanos dizem não ser influenciados em suas decisões de compra pelos anúncios nos sites de mídia social, tais como o Facebook. Outros 30% dizem ser relativamente influenciados.

Apenas 5% dizem ser fortemente influenciados pelos anúncios ao decidir o que comprar. E, apesar de muitas empresas buscarem recordes de “likes” em suas páginas, apenas 34% daqueles que dão “like” se dizem influenciados e 54% dizem não sofrer qualquer impacto.

Ao comparar com formas mais tradicionais de mídia social e relacionamento, a pesquisa constatou o que para muitos é óbvio: as pessoas são muito mais influenciadas pelos familiares e amigos. Em síntese, não é a quantidade de pessoas que importa, mas a qualidade da opinião.

Esses resultados trazem diferentes perspectivas para a publicidade online, uma vez que a lógica de obter recordes de acesso no site ou de likes na fanpage pode não ser o mais eficaz.

As empresas precisam buscar uma comunicação cada vez mais verdadeira, sem tentar “enganar” o consumidor com cases bonitos ou histórias comoventes que, no fundo, tentam esconder o objetivo principal: vender mais.

As pessoas querem uma comunicação autêntica nas mídias sociais. Elas querem ainda ser atendidas prontamente (não há nada pior que receber um e-mail automático de resposta a uma pergunta clara ou ser direcionado para conversar com um robô no site da empresa).

E o conteúdo das páginas precisa ser atrativo, objetivo (ou denso, dependendo de quem você quer atender) e que tenha de fato um diferencial, já que conteúdo virou commodity na internet e você consegue achar tudo em todo lugar.

O fato é que todos querem ser atendidos de maneira única, querem uma experiência única, e não querem ser tratados como mais um pelas empresas. Esse é desafio das grandes, médias e, principalmente, das empresas iniciantes, que podem crescer rápido com a estratégia certa.

Os resultados apresentados na pesquisa citada tratam principalmente do mercado americano, mas não parece ser muito diferente por aqui. E você, como se comporta nas mídias sociais? Como você avalia o poder de persuasão das empresas em relação a sua decisão de compra?

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