Empresas iniciantes com mulheres na diretoria têm mais chance de sobreviver
Um aspecto positivo do empreendedorismo brasileiro tem sido a efetiva participação das mulheres na criação e gestão de negócios.
As mulheres brasileiras estão à frente praticamente da metade das iniciativas empreendedoras no Brasil e pesquisas internacionais cada vez mais mostram uma maior participação das mulheres no empreendedorismo do próprio negócio.
Isso se deve não só ao seu perfil empreendedor, mas a uma mudança de comportamento e da realidade das famílias. No mundo (com raras exceções contrárias) e também no Brasil as mulheres já estão com plena inserção no mercado de trabalho e o empreendedorismo do próprio negócio naturalmente se apresenta como uma opção de carreira.
Como a mulher brasileira pode aumentar suas chances de sucesso com a iniciativa empreendedora? Quais os desafios da mulher brasileira no empreendedorismo? Como os homens têm observado a ascensão feminina no empreendedorismo e qual tem sido sua reação?
Estas são questões ainda em fase de construção de respostas, pois a dinâmica do empreendedorismo feminino é considerável.
Entender como pensam e agem as mulheres empreendedoras no Brasil e como as novas candidatas a empreendedora podem usar desse conhecimento para tomar melhores decisões em suas próprias iniciativas ainda é um desafio que precisa ser enfrentado.
Há pesquisas que mostram inclusive maior potencial de sobrevivência dos negócios quando há uma mulher envolvida na direção da empresa.
De fato, um estudo liderado pelo pesquisador Nick Wilson da Escola de Negócios da Universidade Leeds no Reino Unido e publicado no International Small Business Journal, em fevereiro de 2013, mostrou que empresas startup com uma mulher na diretoria têm 27% menos risco de falir se comparadas com empresas que possuem apenas homens no corpo diretivo.
Esse percentual diminui quando o número de mulheres aumenta, sugerindo que o que importa é a diversidade e não um número específico de mulheres diretoras.
Pesquisas anteriores mostram, também, que grupos com maior diversidade de gênero tendem a ter um pensamento mais inovador na resolução dos problemas.
De todo modo, experiências brilhantes e admiráveis de mulheres vencedoras servem de exemplo para outras mulheres, mas também aos homens, já que quando se trata de empreender não deveria ser o gênero que define a tendência do sucesso ou fracasso.
E sim as decisões gerenciais e fatores circunstanciais que criam condições para ou impedem o negócio de prosperar.
Apesar da análise bastante convidativa acerca do papel da mulher empreendedora brasileira, mais positivo será o dia em que tanto mulheres como homens passarão a ser tratados apenas como empreendedores, nas mesmas igualdades de condições.
O mesmo se aplica às oportunidades de criar bons negócios, que deveriam estar disponíveis a todos os brasileiros.
*Este texto foi escrito com base no livro Empreendedorismo para visionários.