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Saiba estimar o valor da sua empresa para conseguir investimentos

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Os critérios e métodos aplicados em finanças corporativas para avaliar as empresas negociadas publicamente nos mercados de capitais, quando aplicados precipitadamente às empresas em fase inicial, têm limitações severas.

Os ingredientes para a valoração empresarial são: dinheiro, tempo e risco. O risco ou a percepção de risco contribui para a determinação do valor. O velho ditado “quanto maior o risco, maior a recompensa” desempenha um papel importante na forma como os investidores avaliam o potencial de crescimento e, assim, o valuation (ou valoração) de uma empresa.

Existem, pelo menos, uma dúzia de diferentes maneiras de se estimar o valor de uma empresa privada (o valor real ocorre na venda do negócio e depende do tempo). Muitas hipóteses e muitos julgamentos são feitos em cada exercício de valoração.

Em um caso, por exemplo, o empreendedor consultou 13 especialistas para determinar o quanto deveria oferecer pela outra metade de uma empresa com vendas de R$ 10 milhões ao ano. A resposta variou entre R$ 1 milhão e R$ 6 milhões. Em seguida, ele adquiriu a outra metade por R$ 3,5 milhões.

Portanto, pode ser um erro grave abordar a tarefa de valoração com o objetivo de chegar a um número único ou mesmo uma faixa estreita. Tudo que podemos realisticamente esperar é um intervalo de valores com limites orientados por diferentes métodos e pressupostos subjacentes a cada um.

Dentro desse intervalo, o comprador e o vendedor precisam determinar a zona de conforto de cada um. Em que ponto você está basicamente indiferente à compra e à venda?

Determinar seu ponto de indiferença pode ser uma valiosa ajuda para preparar você para as negociações de compra ou venda.

Vários investidores exigirão uma taxa diferente de retorno (ROI) para investimentos em diferentes estágios de desenvolvimento e têm a expectativa de períodos de espera também diferentes. Vários fatores estão na base do ROI exigido de um investimento de capital de risco, incluindo os prêmios de risco sistêmico, falta de liquidez e valor agregado.

Naturalmente, pode-se esperar que estes variem regionalmente e de tempos em tempos, conforme as condições do mercado mudam, porque os investimentos são feitos em nichos imperfeitos do mercado de capitais.

Mas, e se sua empresa ainda não foi criada, está apenas no papel (no plano de negócios), como você avalia o valor do negócio com vistas a angariar investimento de um investidor de risco?

Historicamente, no Brasil, o papel do investidor (conhecido como sócio capitalista) era colocar o dinheiro necessário em troca de 50% do negócio. Mas isso é passado. Hoje em dia, com um plano de negócios bem feito você consegue obter o valor da sua empresa para negociar uma contrapartida, geralmente abaixo dos 50%, para o sócio capitalista, seja ele pessoa física ou um fundo de investimento.

As técnicas de valoração do negócio, como já mencionado, são muitas, mas a mais utilizada é a do fluxo de caixa descontado. Trataremos em mais detalhes do tema nas próximas colunas.

Esta coluna foi escrita com base no livro “Plano de negócios, seu guia definitivo”. 

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